segunda-feira, 12 de maio de 2008

Poder absoluto


O Rei olhava à direita e à esquerda, ao levantar-se, ao deitar-se, às refeições, ao passar pelas salas e pelos jardins de Versalhes. Via e observava toda a gente, ninguém lhe escapava (...). Era um demérito, para os que ele distinguira, não fazer da Corte sua residência habitual; para outros, vir ali raramente e uma desgraça certa para quem nunca ali vinha. Quando lhe pedia alguma coisa para esses, respondia orgulhosamente: "É uma pessoa que nunca vejo!" E essas decisões eram irrevogáveis.
Saint Simon, Memórias (reinado de Luís IV)

D. João V (...) havia dito as nobres: "O rei D. João IV amava-os, D. Pedro temia-os, mas eu, que sou vosso amo de jure e herdade, não vos temo e só vos amarei consoante o vosso procedimento seja digno de duma tal mercê".
Merveilleux, Memórias Instrutivas sobre Portugal (1723-1726)

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