segunda-feira, 17 de maio de 2010

A geração dos leopardos


Conhecem a geração dos leopardos? Pois é, escasseia a informação acerca da realidade de África, do desenvolvimento tecnológico e da sua importância na criação de uma nova mentalidade. Jovens que desafiam o poder político e social instalado, utilizando as tecnologias de informação para criticar e denunciar injustiças. É o despontar de uma nova esperança em África...


" São jovens, velozes e empreendedores. Conhecem a Web como as palmas das suas mãos e actuam sem esperar os tempos da lenta burocracia africana. São optimistas, e não suportam quem vê a África como um concentrado de misérias. São definidos como "leopardos". E consideram-se o futuro do Continente.
Leopardos contra os hipopótamos: é um desafio geracional o que se está a jogar em África. Um desafio que se combate on line e a golpes de clique. Tal panorama foi pensado pelo economista ganês George Ayittey, docente da Universidade de George Washington, que define "geração dos leopardos" a já longa fileira de jovens africanos com idade inferior a trinta anos que correm velozes na Web, comunicam, estudam, discutem política e desenvolvimento sustentável, fazem empreendimento com software livre, abrem blogues e informam. E contrapõem-se à imóvel classe política dos hipopótamos, embaraçantes políticos apostados em acumular dinheiro público, corromper, dirigir-se choramingantes aos organismos internacionais para obter ajudas económicas: uma magra elite que constitui um dos principais travões ao desenvolvimento de toda a África, e que permite ao mundo continuar a olhar para o Continente como um concentrado de conflitos e de misérias. "

Em Nairobi, Joanesburgo, Kinshasa, Kigali, estes jovens afro-optimistas enchem os cibercafés sedentos de conhecer o mundo e livrar-se de um destino já decidido: abrem actividades de comércio on line, participam em fóruns, contactam com os familiares da diáspora. Mais, armados de telemóvel, bem cobertos por nickname anónimos, tornam-se cronistas e jornalistas da Web e denunciam a corrupção dos seus governantes."


Sara Milanese, jornalista, in Além-mar, Março 2010


Nota - Infelizmente os "leopardos" não passam de uma minoria...

2 comentários:

goiaba disse...

Gostei da notícia. Tenho esperança na juventude africana esclarecida e ainda não corrupta.
Conhece a revista "Africa 21"? Como tenho uma "pancada" por África assino-a. Abraço

goiaba disse...

Como não vinha aqui há um tempo, "andei para trás". Gosto sempre. Obrigada