sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Barbie ou Sindy?


Nada como o bom humor para aliviar a tensão. Esse é tom do Comendador Marques de Correia, o cronista semanal da Única, o qual revela, em meu entender, a outra face do Director do Expresso. Do último sábado, transcrevo os últimos parágrafos de O nosso país é um mar de dúvidas, perante o qual temos um mar de incertezas. Obrigatório ler e sorrir...

"...há os que, não gostando de Sócrates, se interrogam: o Passos será melhor? Ou seja, é como hesitar entre comprar uma Barbie e uma Sindy - parecem iguais, servem para o mesmo, mas só uma é original.

Deste modo, para aprender a viver com Sócrates, o essencial é aprender a viver como estamos...Não vale a pena pensar no futuro, porque é deprimente e tem PPP (Parcerias Público Privadas ) para pagar a preços cada vez mais elevados. Pensemos, pois, no presente - temos Sócrates até Maio que vem...é inevitável. Imaginemos, mesmo sendo mentira, que viver num país com Sócrates é estar no melhor dos mundos - com anjos, harpas e nuvens de algodão. Se não for capaz de ver as coisas assim, está no Inferno! E, como se explica na religião, se está no Inferno a culpa é sua!"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Falando ainda de Viana da Mota

Continuo a falar de Viana da Mota. Dedicatória da fotografia que, em Setembro de 1885, o Mestre oferece ao discípulo: "A José Vianna da Motta, saudando os seus futuros sucessos. Fr. Liszt". Voto profético que Viana da Mota cumpriu.

Portugal à deriva

Falharam as negociações para viabilizar o OE para 2011, razão para imaginar este País à deriva. Será possível ainda chegar a bom porto? Bem sei que o "mau tempo" dificulta a marcha, mas melhores dias virão e depois da tempestade chega sempre a bonança...

Quero pensar assim, mas...Que alternativas para Portugal? No espectro político actual não enxergo ninguém capaz de endireitar as contas públicas, imprimindo o optimismo e confiança necessários à tranquilidade e paz social.

Que os políticos coloquem o interesse de Portugal acima das suas conveniências partidárias e vaidade pessoal, sedenta de protagonismo. Esse é ponto. Uma situação que atribuo à inexistência de valores. Encontrar um político com sentido ético será difícil, um obstáculo maior se restringirmos a "geração" à volta dos cinquenta anos. Os "velhos" opinam, aconselham, mas eles, impantes e vaidosos, continuam surdos, medindo forças num "braço de ferro"...

Políticos todos iguais nesta feira de vaidades e de cinismo. Impera o protagonismo e a demagogia. Todos bem falantes, apelam ao bem do povo e da pátria que dizem querer regenerar. Por isso criticam, vociferam e prometem o impossível. Gastam à tripa forra o "nosso dinheiro" e, deixando-se enredar em esquemas fraudulentos, recebem "luvas" e "mais luvas". Agem com toda a naturalidade e assim, perdido que foi o sentido da decência, continuam a tratar das "suas vidinhas". Se porventura acontece um momento mais quente de irritação, lançam acusações graves como mentiroso, ladrão, criminoso... Epítetos tais que julgaríamos ver discutidos na barra dos tribunais, mas não. Ninguém levanta processos a ninguém!

Por tudo isto, apetece-me pedir socorro. Quem nos acode nesta tormenta?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Viana da Mota






Lembrando um compositor especial, José Viana da Mota. Durante os 80 anos de vida (1868 - 1948 ) assistiu à passagem do século, atravessando as mudanças que marcaram a primeira metade do século XX. Nascido na Monarquia, viveu a implantação da República, o 28 de Maio de 1926 e a instauração do Estado Novo. Tempo conturbado por confrontos ideológicos e políticos que desembocaram em duas Guerras Mundiais, a última das quais terminou num ambiente de bipolarização e de guerra fria.

Excluindo todas essas vicissitudes, remeto para a história de vida de José Viana da Mota, um menino prodígio que contou com a protecção mecenática do rei D. Fernando II, tendo sido, em 1885, um dos últimos alunos do velho Franz Liszt.

domingo, 24 de outubro de 2010

Mónica e David

Mónica e David, um documentário da vida real que a RTP2 transmitiu há poucas horas. Diz-se na sinopse que "Explora o casamento de um jovem casal com síndrome de Down e da família que se esforça para atender às suas necessidades."

Assinalou-se no dia 21 o Dia Internacional do Síndrome de Down. Deficiência genética que, embora limitando o desenvolvimento, não restringe totalmente as capacidades de aprendizagem. Geralmente dóceis, estas crianças fazem da afectividade de que são dotadas um instrumento de aprendizagem e de integração social. E se não bastasse a observação do quotidiano, o documentário de hoje elucidava-nos.

O desenvolvimento deve-se muito ao empenhamento da família. Uma tarefa difícil, porque muitas vezes o "pai" parte, deixando tudo a cargo da mulher. O pai de David abandonou-o quando ele ainda era bebé. E Mónica chora e lamenta o silêncio do "pai de sangue" na data do seu aniversário. A ternura que une os dois jovens e a compreensão e apoio familiar são inexcedíveis. Sem pormenorizar, direi que o filme aborda todas as vertentes do problema: o crescimento e aprendizagem da criança, a afectividade e sexualidade, a necessidade de autonomia e superprotecção familiar, a preocupação com o futuro desses deficientes.

Boas razões para lembrar à sociedade, pelo menos uma vez por ano. Razões suficientes para proteger as instituições de apoio aos portadores de deficiência. Por exemplo, a Crinabel. Mas existem muitas outras.

sábado, 23 de outubro de 2010

Portugal, ranking das escolas do Secundário

Maria de Lourdes Rodrigues, Ministra da Educação entre 2005-2009, teria um projecto que não soube ou não quis desenvolver. Com uma inaudita falta de senso atacou os professores, atribuindo-lhes a causa de todos os males. Erro político crasso, porque não se pode educar, hostilizando aqueles que merecem e devem ser respeitados. E estes, humilhados e ofendidos, desanimaram e saíram, mesmo afectados na sua pensão. Debandada geral que alterou profundamente o quadro docente das escolas públicas.

Desmotivação do professores é um dos muitos factores explicativos do baixo rendimento das escolas públicas do ensino secundário. Remete para aí o ranking das escolas,

" Este ano, à semelhança do ano passado, nove das dez escolas com melhor média são privadas, enquanto que entre as que apresentam piores médias estão sete públicas e três escolas portuguesas no estrangeiro (que têm estatuto de privadas).

Assim, o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, é o que consegue a melhor classificação: uma média de 14,82 valores em 394 exames. A primeira pública volta a ser, tal como em 2009, o Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian, em Braga, no quinto posto, com uma média de 14,24 valores, mas apenas em sete exames.

A lista das classificações regista, no entanto, algumas diferenças se forem apenas consideradas as escolas onde se realizaram pelo menos 100 provas. Nesta tabela, as dez escolas com melhor média são todas privadas e nove são nos distritos de Lisboa ou do Porto e a restante em Coimbra.Tendo em consideração este critério, a Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, passa a ser a melhor pública."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mariana Rey Monteiro

O mundo do espectáculo está de luto. Morreu Mariana Rey Monteiro. Filha de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, a Actriz que contava 87 anos de idade, deixou-nos anteontem. No Teatro D. Maria II viveu momentos de glória, mas também aí experimentou o sofrimento naquela noite de Dezembro em que o "seu Teatro" foi consumido pelo fogo. Soube ultrapassar dias conturbados depois do 25 de Abril e participou na primeira telenovela portuguesa.

Grande senhora na vida real e nos palcos. É assim que gosto de a relembrar em Vila Faia, Ela que soube também representar papeis modestos. Exemplo disso é o registo na série Gente Fina, onde contracenava com sua Mãe. Embora retirada, Mariana deixa um vazio no público e nos seus amigos e colegas de profissão. Basta olhar o sentimento de tristeza no rosto daqueles que a acompanharam esta manhã na Igreja do Santo Condestável, recordando a sua bondade e delicadeza...

domingo, 17 de outubro de 2010

Eliminação da Pobreza e da Exclusão Social


O calendário assinala mais um Dia Internacional. Desta vez, para a erradicação da pobreza e da exclusão social. Fenómeno que, todos nós, cidadãos do mundo, devemos tomar consciência, porque o "polvo da crise" agiganta-se, invadindo o Planeta.

O espaço planetário reparte-se entre países ricos e países pobres. Fala-se muito da globalização e da assimetria económico-financeira entre Estados. Questão subjacente ao quadro socio-económico de cada país, independentemente do regime ou bloco. Porém, em todos a mesma realidade: desigualdade e injustiça num crescendo número de pobres que é directamente proporcional ao acumular de fortunas das elites económicas e políticas. Em qualquer qualquer Estado, um ponto comum: uma osmose nunca vista entre o mundo empresarial e dos negócios e os quadros políticos e administrativos!

Desigualdade e injustiças que suscitam uma reflexão séria e capaz de lutar pela mudança do sistema. Mas primeiro, um alerta para a necessidade de coesão social. Por isso, neste tempo do "salve-se quem puder", dominado pelo império da corrupçao e do egoísmo, apela-se à reposição dos valores da compaixão e solidariedade...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fénix, nome de esperança...

O resgate dos mineiros no Chile transporta-nos à Antiguidade e ao mito da Fénix: uma ave que renasce das cinzas. Um mito aplicado à natureza humana e à esperança na imortalidade. Este o nome que o Chile escolheu para a cápsula que há-de conduzir os mineiros à superfície e à vida. Hoje, a Fénix é um produto da ciência e da técnica que nos faz acreditar no milagre da libertação...

Da Internet retirei imagens e texto alusivos a estas duas ideias de Fénix. A hiperligação Cápsula Fénix espelha bem a complexidade deste processo...Veja como funciona!


"A fênix ou fénix (em grego ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes.

Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fénix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do Deus , ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas. "

Cohn Bendit e a Europa




Proclamar as verdades. É preciso coragem e Cohn Bendit mostra como se faz. Importa ouvi-lo para compreender a hipocrisia dos políticos europeus!!

Para avivar a memória: Cohn Bendit emergiu como político no Maio de 68 em Paris. Evoluíu e hoje é uma voz conceituada no Parlamento Europeu.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mineiros em Atacama

Lá longe, em pleno deserto de Atacama, continuam retidos 33 mineiros. Localizados a 700 metros de profundidade, esses homens nunca perderam a esperança de regressar à superfície e abraçar os familiares que, diga-se, tocaram a unir esforços, apelando às autoridades competentes. Um esforço colectivo que mobilizou técnicos e políticos, familiares, amigos e todo o povo chileno. Mais ainda, este sentimento de esperança ultrapassou fronteiras até aos lugares mais recônditos, cujas agências noticiosas registam a par e passo os avanços técnicos na perfuração do subsolo.

Tenho acompanhado as notícias que, desde 5 de Agosto, dão conta do estado dos mineiros e dos seus familiares que acamparam à entrada da mina. Vivem em ansiedade numa atenção expectante a todos os sinais que, felizmente, se perspectivam em avanços optimistas, porque as primeiras previsões de resgate têm sido largamente antecipadas. Do Natal para os meados de Outubro e, mais ainda, para hoje. Diz-se que lá pelas 22 horas, hora de Lisboa, deverá começar a operação de resgate.
Não me vou esquecer de rezar, tal como milhares de pessoas no Chile e no mundo. Espera-se o milagre nesta noite de oração que, curiosamente, coincide com a vigília de oração em Fátima que antecede a peregrinação de 13 de Outubro. Por tudo isto, compreende-se a sugestão de uma mulher chilena que, nesse espaço inóspito de Atacama, pedia a construção de um santuário. Um lugar de recolhimento e oração para dar graças a Deus, porque a fé move montanhas!!

Morreu Joan Sutherland

La Stupenda, o epíteto dado a Joan Sutherland. A "voz inesquecível" que ficou associada à carreira de Pavarotti, que muito a admirou, calou-se para sempre este domingo na Suíça.

Desta Soprano de quarenta anos de carreira de uma vida de quase 84 anos, ( nasceu em Sidney em 1926), restam as memórias de quem a ouviu. E também ela guardou as suas lembranças dos palcos e das terras que percorreu. De Portugal ficou-lhe a noite de 24 de Abril em S. Carlos e o dia seguinte quando o encerramento do aeroporto a impediu de embarcar. Mais tarde, havia de confessar que este facto lhe deu a oportunidade de desfrutar do maravilhoso Sol de Portugal nesse 25 de Abril de 1974...que amanheceu pleno de todas as esperanças!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

"Pior do que tá não fica..."



As eleições no Brasil decorreram num ambiente festivo com o seu quê de anedótico. Este spot que foi visto como uma paródia aos "males da democracia", afinal, não foi...

Tiririca foi eleito e agora chovem as denúncias contra o novo deputado que, muito provavelmente, nem chegará a tomar posse.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Carolina Beatriz Angêlo


No momento em que se comemora a implantação da República, apetece-me falar da conquista do direito de voto das mulheres em Portugal.

Cirurgiã e activista dos direitos femininos, Carolina Beatriz Ângelo foi a primeira mulher a votar em Portugal. Estava-se em 1911, a República acabara de ser implantada em Outubro de 1910, e Carolina «torceu» a seu favor um dos «buracos» da lei ou, se se quiser, da língua portuguesa.
Carolina Beatriz Ângelo nasceu na Guarda em 1877, onde fez os estudos primários e secundários. Em Lisboa, estudou medicina, concluindo o curso em 1902. Nesse mesmo ano, casou-se com Januário Barreto, seu primo e activista republicano. Tornou-se a primeira médica portuguesa a operar no Hospital de São José, dedicando-se mais tarde à especialidade de ginecologia. A militância cívica iniciou-a em 1906, em conjunto com outras médicas, vindo a aderir a movimentos femininos a favor da paz e da implantação da República e à Maçonaria e tornando-se defensora dos direitos das mulheres, nomeadamente o de votar.

Por toda a Europa, e não só, havia anos que as sufragistas reivindicavam ruidosamente este direito para as mulheres e a Nova Zelândia tinha-se tornado o primeiro país a concedê-lo em 1893. A primeira lei eleitoral da República Portuguesa reconhecia o direito de votar aos «cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família». Carolina Ângelo viu nesta redacção da lei a oportunidade de a subverter a seu favor, dado que, gramaticalmente, o plural masculino das palavras inclui o masculino e o feminino.

Viúva e com uma filha menor a cargo, com mais de 21 anos e instruída, dirigiu ao presidente da comissão recenseadora do 2º bairro de Lisboa um requerimento no sentido de o seu nome «ser incluído no novo recenseamento eleitoral a que tem de proceder-se». A pretensão foi indeferida pela comissão recenseadora, o que a levou a apresentar recurso em tribunal, argumentando que a lei não excluía expressamente as mulheres. A 28 de Abril de 1911, o juiz João Baptista de Castro proferia a sentença que ficaria para a História: «Excluir a mulher (…) só por ser mulher (…) é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e justiça proclamadas pelo partido republicano. (…) Onde a lei não distingue, não pode o julgador distinguir (…) e mando que a reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral». Assim, a 28 de Maio de 1911, nas eleições para a Assembleia Constituinte, Carolina Beatriz Ângelo tornou-se a primeira mulher portuguesa a exercer o direito de voto.
Não sem um pequeno incidente, que a mesma relatou ao jornal A Capital: «No final da primeira chamada, o presidente da assembleia [de voto], Sr. Constâncio de Oliveira, consultou a mesa sobre se deveria ou não aceitar o meu voto, consulta na verdade extravagante, porquanto, estando recenseada em virtude duma sentença judicial, a mesma não tinha competência para se intrometer no assunto». O seu gesto teria como consequência imediata um retrocesso na lei: o Código Eleitoral de 1913 determinava que «são eleitores de cargos legislativos os cidadãos portugueses do sexo masculino maiores de 21 anos ou que completem essa idade até ao termo das operações de recenseamento, que estejam no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos, saibam ler e escrever português, residam no território da República Portuguesa». As mulheres portuguesas teriam de esperar por Salazar e pelo ano de 1931 para lhes ser concedido o direito de voto e, ainda assim, com restrições: apenas podiam votar as que tivessem cursos secundários ou superiores, enquanto para os homens continuava a bastar saber ler e escrever.
A lei eleitoral de Maio de 1946 alargou o direito de voto aos homens que, sendo analfabetos, pagassem ao Estado pelo menos 100 escudos de impostos e às mulheres chefes de família e às casadas que, sabendo ler e escrever, tivessem bens próprios e pagassem pelo menos 200 escudos de contribuição predial…

Em Dezembro de 1968 foi reconhecido o direito de voto político às mulheres, mas as Juntas de Freguesia continuaram a ser eleitas apenas pelos chefes de família. Só em 1974, já depois do 25 de Abril, seriam abolidas todas as restrições à capacidade eleitoral dos cidadãos tendo por base o género.

domingo, 3 de outubro de 2010

Subjectividade em Arte!!!



Enviado por um Amigo, mail deveras interessante que não pude deixar de publicar.

Por aqui se prova que nem sempre o "hábito faz o monge" ou como a pretensão de saber nos pode levar ao engano. Ou ainda que nem sempre o que parece, é: assim nas coisas como nas pessoas...

"O tempo anda mais devagar nos nossos pés..."


A relatividade do tempo...todos a vivemos. Mas subjectividades à parte, veja-se como Einstein revolucionou essa noção. O artigo do Expresso de ontem, intitulado Cabeças Relativas da autoria de Nuno Crato, explica com clareza a questão da "velocidade" do tempo.

" Se compararmos dois relógios, um junto ao mar e outro a 1000 metros de altitude, o que está mais abaixo atrasa-se em relação ao outro cerca de de três segundos em cada milhão de anos. E não se trata de um problema dos relógios. É o próprio tempo que anda mais devagar em locais onde a força gravítica é maior. Mas o efeito é muito pequeno. Para se notarem os efeitos previstos por Einstein, seriam necessárias velocidades perto da da luz ou então escalas astronómicas. A verificação experimental das diversas previsões revelou-se difícil. mas foi sendo conseguida aos poucos. (...)

Isto quer dizer que com estes relógios, que se nos pusermos de pé podemos verificar a diferença de tempo entre os nossos pés, os nossos joelhos, a nossa barriga, o nosso peito e a nossa cabeça. O tempo anda mais devagar nos nossos pés, que estão mais perto do solo, e mais depressa na cabeça. Mas não nos entusiasmemos. A diferença é da ordem de um décimo milionésimo de segundo ao fim de 80 anos. Nada que se perceba. Por isso, leitor, se sentir a cabeça a acelerar, não deite as culpas sobre Albert Einstein."

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Recado a Lisboa



João Villaret,uma voz imortal aviva as memórias de outrora.
Para "matar saudades" e contar aos mais novos as coisas desta Lisboa...