domingo, 26 de junho de 2011

Maria Amália, rainha de Espanha

Maria Amália nasceu em Dresden (24 de Novembro de 1724) e faleceu em Madrid (27 de Setembro de 1760). Filha de Frederico Augusto II da Saxónia e Lituânia, e da arquiduquesa Maria Josefa, filha do imperador José I do Sacro Império, casou aos 14 anos com Carlos de Bourbon ( o mais velho dos filhos de Isabel Farnésio e Filipe V de Espanha), herdeiro do reino de Nápoles e Sicília.

Em Nápoles, a sensibilidade de Carlos soube criar o ambiente propício à felicidade da jovem princesa que viveu os primeiros anos em Dresden. Rodeada da bela porcelana de Meissen, adquiriu também o gosto pelo mobiliário e pelas tapeçarias. Hábil em lavores, conhecia o petit-point e manejava bem a lançadeira. Do ducado de Parma, o novo rei trouxe quadros, jóias, mobiliário, porcelanas e peças decorativas que enriqueceram os palácios que habitou em Nápoles. O mais mais célebre, Capo di Monte, ficou ligado a uma manufactura de porcelana similar à de Meissen que, depois da entronização em Madrid, serviu de modelo para criar a do Buen Retiro.

Alegre, sensível e apaixonada aparecem como os principais traços da Rainha que, no dizer dos biógrafos, soube comportar-se como uma mamma napolitana. Não era, todavia, inteiramente feliz esta mãe de treze filhos. Nem todos chegaram à idade adulta e o nascimento de um varão só aconteceu ao sexto parto. Mas este, Filipe como o seu avô, seria excluído do direito de sucessão por comprovada incapacidade mental. Estes factos terão contribuído para alterar o comportamento de Amália.

Passou a ser irascível com os seus criados, dava-se mal com as mudanças de tempo e queixava-se de tudo e de nada. Deste mau-humor e agressividade excluía o marido. Assim retribuía o carinho e protecção que lhe dedicou. Ao desequilíbrio nervoso atribui-se-lhe o gosto do tabaco, especialmente puros habanos que Amália fumava com prazer.

Depois da morte de Fernando VI, Carlos III assumiu o trono. Amália foi rainha de Espanha por dois curtos anos. Até que o avançado estado de tuberculose a levou em 27 de Setembro de 1760. A sua morte foi muito sentida pelo marido que confessou: "Éste es el primer disgusto serio que me ha dado Amalia en nuestros veintidós anos de matrimonio".

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