terça-feira, 28 de junho de 2011

Sinais do Governo de Passos Coelho

Com a tomada de posse dos Secretários de Estado está completo o novo Governo. Uma lista marcada por um episódio pitoresco: um convidado pelo titular da pasta da Administração Interna que, tendo sido vetado pelo Primeiro-Ministro, viu anulada a nomeação, à última hora.

Invocam-se "razões políticas e pessoais". Uma história mal contada ou estranha, no mínimo. Diz-se que o ex-futuro Secretário discordava da privatização da RTP. Do mesmo ponto de vista comunga Paulo Portas...Mal começa o Governo que não respeita a liberdade de opinião. E, no caso presente, ainda está por demonstrar a necessidade de privatizar a RTP...



"Bernardo Bairrão foi convidado por Miguel Macedo para ser seu secretário de Estado da Administração Interna e, depois do primeiro-ministro ter vetado o seu nome, viu o convite anulado. Aconteceu em pouco menos de 48 horas...
O até agora administrador delegado da TVI renunciou ontem de manhã oficialmente ao cargo através de um comunicado enviado pela Media Capital à CMVM, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter dado como certa, no domingo à noite na TVI, a sua integração no Governo. Em vão. Pedro Passos Coelho só mais tarde terá tido conhecimento das duras críticas que Bairrão fez no fim-de-semana à privatização da RTP por ser "absolutamente contra a privatização de um canal de televisão neste momento"- uma das primeiras medidas que o primeiro-ministro anunciou, numa entrevista ao Financial Times.
A privatização de um dos canais públicos tem sido um ponto de discordância entre PSD e CDS, mas Pedro Passos Coelho tem feito desta sua decisão, sufragada nas urnas, um ponto de honra. Ontem, no final do ‘briefing' do Conselho de Ministros, Miguel Macedo recusou responder a qualquer questão relacionada com Bernardo Bairrão sendo certo que a forma como o até ontem administrador da TVI participou no afastamento da jornalista Manuela Moura Guedes também não foi esquecido no momento em que o chefe de Governo decidiu deixar cair o convite feito pelo ministro da Administração Interna."


In Diário Económico on line

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