terça-feira, 11 de outubro de 2011

Descartes...faz-nos falta!

Da crise todos falamos. Uns sentem-na mais do que outros, mas ela não desarma. Uma iminência sistémica que veio para ficar se não houver leaderes políticos capazes de impor regras aos mercados. Entretanto, os gregos sofrem, estendendo a mão. A seguir, estaremos nós...


Empréstimos externos e austeridade. Com taxas de juro deste nível, poderá haver recuperação? Impostos crescentes, descida de salários e inflação: medidas contraditórias com o crescimento económico. E ainda não haverá ninguém que entenda isso lá nas altas esferas da troika? Até quando irá manter-se esta política restritiva?


Não bastou a lição da crise de 1929? Ironicamente Descartes falava na boa distribuição do bom senso que a todos contentava. Pena é ele não poder descer à Terra e gritar bem alto as boas regras do racionalismo. Só isso...




"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."

René Descartes, O Discurso do Método

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